O Sindifisco Pará foi convidado para participar na última sexta-feira, 02/02, do debate sobre a Reforma da Previdência, como parte da programação dos 20 anos do Sindicato dos trabalhadores do Poder Judiciário Federal dos Estados do Pará e Amapá (Sindijuf Pará/Amapá). O presidente do Sindifisco Pará, Antonio Catete e a diretora de Comunicação, Karla Lima, representaram o sindicato no evento. O senador Paulo Rocha e o doutor em economia, professor Cláudio Puty, também estavam entre os convidados.

Da esquerda para a direita: o senador Paulo Rocha,  Acelino de Barros,  do Sindijuf,
Antonio Catete, presidente do Sindifisco e o professor Claudio Puty

Antonio Catete agradeceu pelo convite e parabenizou o Sindijuf pelos 20 anos de história.  Durante o debate, sugeriu que o primeiro passo é barrar a reforma da previdência e, em seguida, realizar um debate técnico sobre o sistema previdenciário. O dirigente ressaltou que não devemos fazer nenhuma reforma sem antes fazer a Reforma Tributária, ela precede a qualquer outra. Hoje o sistema tributário é regressivo, ou seja, quem ganha mais paga menos, quem ganha menos paga mais. Sem a Reforma Tributária, cobrança de tributos continuará injusta, ampliando ainda mais as desigualdades fiscal e social, pois os mais pobres e a classe média são os que proporcionalmente pagam mais impostos.
O presidente do Sindifisco citou como exemplo o caso da Lei Kandir, que isenta do tributo ICMS os produtos e serviços destinados à exportação. “Um dos programas de incentivo do governo, que reduz a carga tributária de empresas”, comentou o dirigente, “enquanto 55% do que é arrecadado em tributos indiretos recaem sobre os pobres”, “as grandes empresas exportadoras de minério pagaram em impostos menos de 2%”, disse.
Em sua fala, o senador Paulo Rocha disse que a classe trabalhadora deve pressionar os parlamentares e cobrar deles posição sobre a reforma. Orientou também as entidades para que editem materiais com os contatos dos parlamentares para que a pressão seja feita também por esses meios.
Cláudio Puty apresentou os dados de um estudo de auditoria realizado em parceria com a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil – Anfip, com o objetivo de compreender os cálculos feitos pelo governo, que defende o déficit da Previdência.
Puty apresentou informações que mostram que até 2015, havia um superávit na Previdência. Porém, com a crise financeira, ela entrou em déficit.  O professor afirmou também que a lógica do governo, defendida inclusive pelo atual ministro da fazenda, Henrique Meirelles, é de que a retomada de crescimento do país pressupõe ajuste fiscal.
Além do debate sobre a reforma da previdência, o Sindijuf prestou uma homenagem a alguns dos seus fundadores, que falaram sobre a unificação da categoria. Os convidados da mesa “Sindjuf-PA/AP: 20 anos de unificação”, foram: Ribamar França, Waldson Silva, Adélia Mercês, Marco Antônio Cardoso, Aluízio Silva, acompanhados dos coordenadores do Sindicato, Jacqueline de Almeida, Ângelo Passos e Antônio da Mota.

Fonte: Com informações do Sindijuf