Elas são indispensáveis para o crescimento da Sefa e da arrecadação do Estado.As mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, na política e economia. Porém, elas ainda representam a minoria nos cargos de destaque, tanto no serviço público quanto no privado. Segundo pesquisa do IBGE, as mulheres representam 43,8% dos trabalhadores brasileiros e ganham 76% do salário dos homens. No setor público, ocupam 39,7%, e nos cargos mais altos representam somente 21,7%. O levantamento tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
No mês das mulheres, o Sindifisco Pará aproveitou para destacar importância das servidoras da carreira fiscal, fundamentais para o desenvolvimento do fisco paraense.
Mudança de paradigmas
A auditora fiscal e diretora de julgamento Luiza Mendonça, que é filiada ao sindicato, comenta que hoje já é possível encontrar mais mulheres em cargos de liderança dentro do fisco. “Verificamos que, na Secretaria da Fazenda, muitas coordenadoras e diretoras são mulheres, conta.
Luiza explica porque as mulheres conseguiram se destacar dentro do fisco. “Não é porque sou mulher, mas acho que nós conseguimos nos sobressair por ter uma dedicação e um carinho maior com o trabalho”, comenta.
Há mais de 20 anos atuando como auditora fiscal e filiada ao sindicato, Marina Moraes relembrou que no início da carreira existiam poucas mulheres no fisco, mas com o passar dos anos isso foi mudando. “Quando entrei na Sefa as mulheres fiscais ficavam mais na parte interna e não realizavam a fiscalização da mercadoria e trânsito”, comenta.
A aposentada e sindicalizada, Carmem Furtado se dedicou durante 33 anos para a carreira do fisco. Ela conta que esteve no cargo de chefia durante 28 anos, e enfatiza que uma mulher pode exercer qualquer função. “A mulher tem capacidade de liderar, de coordenar e de estar em todos os campos profissionais assim como os homens”, reforçou.
Para a auditora fiscal Maria José de Araujo, as funcionárias públicas ainda sofrem algum tipo de discriminação “Não é uma questão administrativa do trabalho, mas sim cultural. Tem gente que prefere ser atendida por homens, mas hoje esse tipo de situação acontece bem raramente”, conta. Ela comenta que este cenário já mudou bastante “De uma maneira geral, as mulheres conquistaram seu espaço e se fizeram respeitar pela sociedade”, finaliza.
Com 28 anos de carreira, a fiscal de receitas Rose Nascimento conta que sempre foi respeitada no ambiente de trabalho, mas relembra que as mulheres ainda enfrentam o desafio e o peso da dupla/ tripla jornada. “As mulheres ainda são mais sobrecarregadas que os homens, tendo que conciliar a jornada de trabalho e as obrigações da casa e, consequentemente, possuem mais responsabilidades”, pontua.
Valorização das mulheres do fisco
Para a diretora de Comunicação do Sindifisco, Karla Lima, as mulheres do Fisco têm sido fundamentais para o crescimento da secretaria e da arrecadação do Estado. “Elas desempenham com excelência suas funções dentro da secretaria, vêm se destacando e cada vez mais ocupando cargos de liderança”, destaca.
Karla também reforça sobre a ampla participação feminina nas lutas pelos direitos da categoria. “Elas sempre estão presentes, podemos perceber que dentro das comissões da PEC do Teto, da produtividade, da promoção por merecimento e por antiguidade criada pelo sindicato, elas estão em maior número”, ressalta.
Para valorizar o empenho e dedicação das servidoras, o Sindifisco Pará vai promover um workshop sobre Liderança para Mulheres, no dia 17 de abril.