O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) informou que o governo do Pará e o Ministério Público Federal do estado vão pedir à justiça para sustar a decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre o uso dos mais R$ 126 milhões referentes à compensação ambiental pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte em território paraense. Ele reclamou que o Pará sofre os danos ambientais provocados pela construção da usina, mas é o Mato Grosso que vai receber a maior parte do dinheiro da compensação: R$ 94 milhões, que serão aplicados numa unidade de conservação a 814 quilômetros de Belo Monte. Segundo Flexa Ribeiro, os R$ 34 milhões restantes irão para no Pará, só que o governo do estado não terá poder para definir onde o dinheiro será aplicado. Ele disse que o próprio Ibama vai aplicar R$ 21,5 milhões no estado e é também o órgão que vai definir onde o governo paraense deve investir o outros R$ 12,5 milhões. Para o senador, isso é um desrespeito ao estado e ao governo do Pará. — Vamos sustar sim. O Ministério do Meio Ambiente está pensando que o Pará é terra de ninguém; não é não. Lá tem 8 milhões de brasileiros que têm que ser respeitados e vão ter que aprender a respeitar porque quem vai sustar a aplicação do dinheiro é a Justiça, porque não vamos admitir: pegar o dinheiro de compensação ambiental e não colocar dentro do Pará, não. Em aparte, o senador Blairo Maggi (PR-MT) disse que seu estado, o Mato Grosso, precisa e merece receber dinheiro da compensação ambiental de Belo Monte porque grande parte dos rios que permitem a construção de usinas no Pará nasce em terras mato-grossenses. Fonte: Agência Senado
Meio Ambiente – Flexa Ribeiro reclama para o Pará compensação ambiental por Belo Monte