Geovana Pires abordou os rumos da economia na abertura dos Diálogos EssenciaisUma das maiores preocupações dos brasileiros é a superação da crise econômica instalada nos últimos anos no Brasil. Para esclarecer os participantes sobre os cenários mundial, nacional e estadual da economia, Geovana Pires, especialista no assunto, iniciou o III Fórum de Diálogos Essenciais, promovido na última segunda feira (20), pelo Sindicato dos Servidores do Fisco (Sindifisco/PA) e Sindicato dos Trabalhadores de Trânsito (Sindtran/PA).
Mesa de abertura do evento Diálogos Essenciais, em sua terceira edição.
Com o auditório do Hotel Princesa Louçã, em Belém, lotado de servidores públicos e líderes de entidades sindicais, o evento iniciou o debate em torno do tema “Projeções e perspectivas para a economia brasileira e paraense em 2017”. Na mesa de abertura do evento estavam, além da palestrante Geovana Pires, o deputado estadual Iran Lima, o presidente do Sindifisco Antonio Catete e o presidente do Sindtran/PA, Élison Oliveira. Presentes também estavam o presidente da Fenafisco Charles Alcantara, o presidente da Comissão de Direito Previdenciário da OAB/PA Cleans Bonfim e a diretora de arrecadação da Secretaria da Fazenda,Edna Farage.
De acordo com Geovana, o objetivo da Fapespa é dar conhecimento da real situação do Estado a partir do ponto de vista econômico, trazendo reflexões sociais do quanto o Pará está inserido num sistema que tem questões políticas, sociais, econômicas e fiscais. “O debate é válido para qualquer pessoa da sociedade, pois há desemprego, redução de crédito, dificuldade de manutenção de despesas e é de fundamental importância conhecer as razões de porque estamos vivendo nesse cenário”, diz. Durante a explanação, Pires explicou que a economia paraense tem se destacado nacionalmente com pujança na indústria, tendo em vista que o Estado “é o único que está crescendo pautado na indústria mineral”.
E isso foi o centro do debate. “É um modelo que não é fácil de reverter, uma situação difícil pela dependência desse setor, mas sobretudo, o recado dado pelas micro e pequenas empresas é um ponto favorável no Pará”, acrescenta a especialista ao reforçar que o setor do comércio e serviço também tem impactado a economia: “eles têm o poder de absorver, aumentar e diminuir”, reforça. Ainda segundo a palestrante, os dados conjunturais revelam que o ano de 2016 apresentou indicadores preocupantes, exceto no setor da mineração. “A expectativa é que o comércio reaja a partir do 2º semestre deste ano”, aposta. Algo semelhante deve acontecer no setor de serviços.
Por outro lado, Geovana acredita que a atual crise é política, diante de um mercado que retrocede, com aumento de desemprego e inflação descontrolada. “Eu prefiro dizer que foi um descontrole de gestão política nos últimos 10 anos. Tivemos um problema de origem de gestão. É gestão a longo prazo. E isso é um peso para encontrar uma possível solução. A gestão que estamos presenciando foi uma gestão desatenta, independente da situação política.Para que mudanças positivas aconteçam, Pires diz que “dependemos das reformas, e como somos um sistema, essa mudança depende de vários cenários, tanto do nacional quanto do estadual”.
No link abaixo, você pode baixar a apresentação de Geovana.