Assembleia ainda aprovou diálogo com a Sefa pra tratar da carreira.

Duas decisões importantes foram aprovadas, por unanimidade, na tarde de sexta-feira (28), durante a assembleia geral extraordinária realizada no auditório da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). Uma foi a adesão à greve geral do próximo dia 18 convocada pelas centrais sindicais contra a Reforma Administrativa de Bolsonaro e em defesa do serviço público. A outra decisão foi a permissão para que o Sindifisco abra negociação com a administração da Sefa para discutir não apenas os critérios do concurso (somente para auditores), mas também a reestruturação da carreira do Fisco.
Quanto a participação na greve geral, a proposta é fazer parte dos protestos e também aproveitar o dia para debater assuntos de interesse da categoria. Assim, além de atividades na rua junto com as demais categorias e movimentos sociais, também estão previstas duas palestras. Uma abordará o “Abuso de Autoridade”, enquanto a outra exposição será sobre a reorganização da Sefa e a da carreira. Local, horário e expositores serão divulgados brevemente pelos meios de comunicação do Sindifisco.
Presente à assembleia, o presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), Charles Alcantara, fez um desabafo conclamando a categoria a participar da greve. “As medidas do governo são extremamente duras e querem impor remédio amargo ao servidor e à sociedade. Eu não consigo entender a incapacidade que alguns têm de não enxergar o que está acontecendo no país. Se não quer participar, que pelo menos fique em casa e não apareça pra trabalhar”.
“É um esforço de um dia, mas que valerá muito caso a greve tenha grande adesão, pois demonstraremos força para barrar a Reforma Administrativa que, se aprovada do jeito que está, prejudicará o servidor e a sociedade, principalmente os que dependem dos serviços públicos de saúde, educação, segurança e outros.”, observou Antônio Catete, presidente do Sindifisco.
A abertura de diálogo com a gestão da Sefa diz respeito as mudanças para a categoria, especialmente o difícil debate sobre a reestrutuação das carreiras. Outro problema é o concurso já anunciado e que será apenas para auditor fiscal.
Geraldo Nogueira, presidente da Associação do Fisco do Estado do Pará (Asfepa), foi enfático: “Ou participamos das discussões para a reconstrução de nossas carreiras ou seremos atropelados’.
Charles ressaltou que a participação de auditores e fiscais será fundamental para que nenhuma carreira seja fragilizada nesse processo. O Sindifisco vai atuar nessa perspectiva de envolver o maior número possível de servidores nas comissões que serão criadas.
Outros diretores do Sindifisco que participaram da assembleia foram Raimundo Pegado (Financeiro) e Karla Lima (Comunicação e Relações Intersindicais).