Cerca de 150 auditores e fiscais do trabalho e dos fiscos federal, estadual e municipal aprovaram na sexta-feira, 7, durante o seminário “Fiscalização Tributária e do Trabalho – Autonomia e Independência a Serviço da Cidadania”, a criação do Fórum Estadual das Carreiras Tributárias e do Trabalho (Fórum Fisco) para oferecer resistência organizada à sonegação fiscal no Pará. Os servidores aprovaram a “Carta de Belém”, que, além de prever o Fórum Fisco, delibera sobre o papel do colegiado, como a missão de oferecer denúncias contra corrupção fiscal e fragilização das carreiras da fiscalização tributária e do trabalho.
Organizado por sindicatos e associações representativas das carreiras de fiscalização nas três esferas de governo – como o Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará (Sindifisco-PA), Sindifisco Nacional no Pará e Amapá e Associação dos Auditores Fiscais do Pará (Assintra) e Associação dos Auditores Fiscais de Belém (Asfib) – o seminário foi um sucesso pelo ineditismo. Pela primeira, entidades dos auditores e fiscais do fisco e do trabalho se juntaram para dizer que não toleram sonegação e corrupção fiscal.
A plenária está também marcada como o fórum de importantes resoluções, como a moção de congratulações ao Ministério Público Federal pela denúncia oferecida – e já recebida pela Justiça Federal – contra caso amplamente divulgado de coação à auditora Cláudia Mello, da Receita Federal de Belém. Resultado de outras deliberações, o Fórum Fisco avaliará as fragilizações da fiscalização do trabalho em Altamira, onde se constroi a usina de Belo Monte, e a preocupante situação da Alfândega de Belém e fiscalização tributária estadual em Oiriximiná, no oeste paraense.