Em assembleia Extraordinária, ocorrida nesta terça-feira (3), na sede do Sindicato, em João Pessoa, a categoria fiscal aprovou por unanimidade a realização de paralisações de advertência contra o pífio e vergonhoso “reajuste” de 1% concedido pelo governo do Estado.
A Assembleia Extraordinária, que contou com uma grande quantidade de auditores de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos, Souza e Cajazeiras, decidiu que mesmo depois das paralisações de advertência e caso não haja a criação de uma mesa de negociação e o percentual do reajuste não seja revisto, o Fisco entrará em greve por tempo indeterminado, suspendendo as atividades de fiscalização, tributação e arrecadação em todo o Estado.
Sobre as paralisações de advertência, foi aprovado que os protestos poderão ocorrer também em datas conjuntas com as de outras categorias do serviço público, que já estão articulando mobilizações no Estado no sentido de realização de greve geral.
Na Assembleia, os auditores enfatizaram que, graças ao trabalho e dedicação do fisco estadual paraibano, a receita de ICMS cresce incessantemente. Nos últimos quatro anos houve um incremento de quase 74%, colocando a Paraíba no patamar de um dos Estados que mais incrementou a receita de ICMS. O governo reajustou o subsídio do Fisco, ao longo do período 2011/2015, em 21, 93%, para uma inflação igual a 34, 54%, ou seja, uma perda de 12,61%! Por outro lado, no mesmo período, o reajuste salarial do governador e dos secretários foi de mais de 61%. Recentemente, o governo disse, de forma demagógica, que renunciou ao reajuste de 26% concedido a ele e aos secretários. Porém, em ocasião anterior, usou do mesmo expediente, mas posteriormente recebeu o salário atualizado, inclusive o retroativo.
O clima entre os auditores fiscais é de muita indignação diante da postura ditatorial do governo, que, em vez de conceder reajustes dignos, faz uso de penduricalhos (Bolsa de Desempenho), e ainda ocupa a mídia paga com dinheiro público para enganar a população acerca dos verdadeiros percentuais concedidos.
Diversas comissões de mobilizações serão formadas, que percorrerão todo o Estado, visitando os locais de trabalho do Fisco para discutir as questões e articular a base para a greve geral, que mostrará a união e força do Fisco paraibano.
Fonte: Sindifisco Paraíba