Enquanto o Ministério Público Estadual (MPE) instaura um inquérito civil para apurar se houve abusividade no aumento do preço dos combustíveis repassado aos consumidores no último mês de abril, os postos de gasolina de Belém continuam reajustando os valores nas bombas. Os números apontam para uma variação superior a 10% nos preços cobrados pelos postos da Região Metropolitana. Somente na capital paraense, é possível encontrar, por exemplo, gasolina custando entre R$ 2,65 e R$ 2,94.

A justificativa dos donos de postos para as consecutivas altas está na elevação do álcool anidro, que impactou nos custos das distribuidoras, e consequetemente foi remetida a toda cadeia. Segundo dados do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado do Pará (Sindicombustíveis), nos cinco primeiros meses do ano o combustível teve uma alavancada de 20% desde saída das usinas – percentual que impacta diretamente no bolso da clientela.

Segundo afirma o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, Marco Aurélio Nascimento, após reunião realizada entre o MPE e a diretoria do Sindicombustíveis, no início do mês passado, foram requisitados documentos às nove distribuidoras paraenses, para que a câmara técnica do Ministério Público possa proceder estudos e conclusões. ‘Ainda não temos o resultado dos estudos. A liberdade de preços está contida em lei, porém o que não pode ocorrer é a abusividade’, assegura.

Fonte: O Liberal