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18/12/2014

Assembleia decide sobre corte salarial

Categoria decide nesta quinta-feira, 18, se aceita perder salários em janeiro.  A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de exigir dos Estados o cumprimento do teto remuneratório dos servidores públicos e a ausência de resposta do governo paraense aos apelos do Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará (Sindifisco-PA) para que o limite passe a ser estabelecido com base no salário de desembargador e não mais pelo que ganha o governador estarão em debate nesta quinta-feira, 18, em assembleia da categoria convocada para as 13h no auditório da sede da Secretaria de Fazenda (Sefa).

O sinal amarelo acendeu para os servidores do Fisco porque até o momento não ocorreu qualquer sinalização do governo no sentido de atender ao pleito e neutralizar o iminente corte para quem recebe acima dos R$ 24.050,00 do salário de governador. A tesoura do redutor constitucional atingirá boa parte dos auditores e fiscais de receitas, se nada for feito.

“Fomos – e temos sido – pacientes, ponderados e elegantes no trato dessa questão. Quem sabe o governo esteja a supor que a nossa paciência, ponderação e elegância signifiquem passividade, comodismo e fraqueza. Passivos e fracos é o que somos?”, advertiu na terça-feira, 16, o diretor de Comunicação da Federação Nacional do Fisco (Fenafisco), Charles Alcantara, convocando em companhia do presidente do sindicato, Antônio Catete, a categoria para comparecer em massa à assembleia desta quinta-feira.

As gestões sindicais no sentido de alterar o critério do teto remuneratório estadual para impedir que os servidores do Fisco sejam penalizados pelo redutor constitucional foram inúmeras e com diversos interlocutores do governo. Embora amistosas, as conversas não passaram de vagos acenos. O corte salarial, de acordo com a determinação do STF, deverá produzir impactos já em janeiro de 2015.

“Peço-lhes que suspendam as compras de Natal na hora da assembleia geral, se não por consciência política, mas ao menos por prudência econômica em vista do corte salarial que se avizinha. Se não lotarmos o auditório da Sefa na próxima quinta-feira, não sei não!”, provocou Alcantara, apostando, no entanto, que a categoria saberá responder ao chamamento.