Funcionários da carreira de auditor tributário da Secretaria de Fazenda (Sefaz) apresentaram, na Câmara Legislativa, uma nota de repúdio ao subsecretário de Receita, Nélio Lacerda Wanderlei, e gravações que comprovariam arbitrariedades do chefe do setor contra os servidores.
De acordo com o documento, lido em Plenário pelo deputado distrital Wellington Luiz (PMDB), o agente público em cargo comissionado estaria realizando remoções de servidores da Gerência de Fiscalização de Mercadoria em “represálias e de forma imotivada” as ações sindicais dos servidores.
As declarações foram tratadas como verídicas pelo parlamentar. “Fiquei preocupado com a forma com que os servidores estão sendo tratados e não tenho dúvidas da veracidade das afirmações contidas nesse documento”, declarou Wellington Luiz, que prometeu ir à Comissão de Direitos Humanos pedir que o subsecretário seja convidado a prestar esclarecimentos sobre sua atuação.
Segundo o documento, as transferências causaram a paralisação do depósito da Subsecretaria de Receita por 30 dias, o que ocasionou prejuízos a arrecadação de tributos para o DF. “Eu quero acreditar que o secretário (de Fazenda) Adonias Santiago não saiba que esteja havendo evasão de receita, nem o governador Agnelo (Queiroz), em quem eu acredito, pelo menos por enquanto”, observou o deputado Doutor Michel (PEN).
Gravações revelam conversa
Em gravações realizadas durante reunião entre o diretor do Sindicato dos Funcionários da Carreira de Auditoria Tributária (Sinafite-DF) Adalberto Imbrosio Oliveira e Nélio Lacerda, o subsecretário afirma que já tinha sido dado aos servidores tudo a que tinham direito.
“As portas estão todas fechadas. Tudo é não e não. O que tinha para dar para vocês, já deu. Não tem mais esse discurso: ‘vagabundo de sindicato. Faz o que você é pago para fazer, e muito bem pago, e pronto’”, diz o subsecretário em gravação, que continua: “Agora a briga é comigo. Vamos trabalhar certinho, que daí vocês serão respeitados na medida do trabalho”.
Em nota, o secretário Adonias diz que ainda está tomando conhecimento das reivindicações dos servidores e que não irá se pronunciar até que estejam definidas as medidas que serão tomadas.
e impede que os auditores fiscais realizem fiscalizações noturnas e o remanejamento de funcionários da área estão causando prejuízo ao DF. Segundo Adalberto, são 25 funcionários cedidos a outros órgãos e dois carros para percorrer todo o DF.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br