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24/04/2013

Brasília é palco de grande marcha por fim do modelo econômico que privilegia especulador

Neste dia 24 de abril acontece grande Marcha a Brasília, organizada por diversas entidades, como a CSP-Conlutas, CUT Pode Mais, CNTA, Cobap, Condsef, CPERS e muitas outras. O objetivo central da marcha é a luta contra o modelo econômico que privilegia somente bancos e grandes empresas e abarca todas as bandeiras decorrentes dessa equivocada política econômica, tais como a defesa dos direitos dos servidores públicos, a campanha dos 10% do PIB para a Educação Já e a suspensão do pagamento da dívida pública para especuladores. 
 
Outro importante eixo da marcha é a luta pelo reconhecimento da nulidade da Reforma da Previdência, recomendada pelo FMI, e aprovada escandalosamente por meio de compra de votos de parlamentares. Ontem, 23, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu mais um importante impulso a esta Campanha: divulgou o acórdão referente ao processo conhecido como Mensalão, oficializando a posição do tribunal de que efetivamente houve a compra de votos, conforme trecho em destaque:
 
“1. Conjunto probatório harmonioso que, evidenciando a sincronia das ações de corruptos e corruptores no mesmo sentido da prática criminosa comum, conduz à comprovação do amplo esquema de distribuição de dinheiro a parlamentares, os quais, em troca, ofereceram seu apoio e o de seus correligionários aos projetos de interesse do Governo Federal na Câmara dos Deputados.”
 
acórdão também oficializa o entendimento colocado no artigo “É Nula a Reforma da Previdência de Lula”, de Maria Lucia Fattorelli, segundo o qual as votações foram completamente viciadas. Diz ela:
5. Parlamentares beneficiários das transferências ilícitas de recursos detinham poder de influenciar os votos de outros parlamentares de seus respectivos partidos, em especial por ocuparem as estratégicas funções de Presidentes de partidos políticos, de líderes parlamentares, líderes de bancadas e blocos partidários. Comprovada a participação, no recebimento da propina, de intermediários da estrita confiança dos parlamentares, beneficiários finais do esquema. Depoimentos e recibos informais apreendidos no curso das investigações compõem as provas da prática criminosa.”
 
Fonte: Auditoria Cidadã