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21/06/2011

Ajude: Estoque de sangue O negativo está reduzido no Hemopa

A Fundação Hemopa está enfrentando dificuldade na captação de doadores de sangue do tipo O Negativo para atendimento transfusional de pacientes da rede hospitalar pública e privada do Estado. A insuficiência momentânea desse tipo de sangue raro é um fenômeno que ocorre eventualmente na hemorrede brasileira. No Pará não é diferente. Para reverter o quadro e atender satisfatoriamente as solicitações, o hemocentro desenvolve ações diversas, entre elas, a ampliação do horário de coleta de sangue aos sábados, que em agosto passará de 7h30 para às 17h, além de realização de campanhas estratégicas na hemorrede estadual e ações externas com coletas nas unidades móveis em parceria com instituições públicas e privadas.

Para a gerente de Captação de Doadores, a assistente social Juciara Farias, a Portaria nº 1.353, do Ministério da Saúde (MS), publicada este mês, que estabelece o novo Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos, com novos critérios para a doação de sangue no Brasil, vai reforçar o estoque de sangue dos hemocentros do País. “A nova legislação aumentará a segurança para quem doa e recebe sangue e inova ao ampliar a faixa etária para candidatos à doação, atingindo jovens entre 16 e 17 anos (mediante autorização dos pais ou responsáveis) e ampliação para idosos com até 68 anos”, comemora, destacando que com essas medidas, a previsão do MS é que aproximadamente 14 milhões de brasileiros sejam incentivados a serem doadores em potencial.

No entanto, ela alerta que os candidatos à doação de sangue, beneficiados pela ampliação de idade, só poderão efetivar seu gesto solidário depois que o Hemopa consolidar as adaptações em seus procedimentos internos. “Logo que isso seja promovido, informaremos a imprensa para convocação da doação desses segmentos da sociedade”, avisou, prevendo que até o final do mês de julho, todos os ajustes já terão sido concluídos.

O Hemopa possui o programa “Clube de Doadores Raros”, que atualmente congrega apenas 975 voluntários, que são acionados quando há necessidade de transfusão sanguínea dos respectivos tipos de sangue. O clube existe desde 1994  e precisa ser revitalizado com pelo menos mais 15% de associados, ressaltou Juciara Farias.

De acordo com ela, o tipo de sangue mais comum entre a população brasileira é O Positivo, seguido do A Positivo.

O sangue tem sua classificação em grupos com a presença ou ausência de um antígeno na superfície das hemácias. Os grupos mais importantes são: ABO e Rh (+ e -). A incidência desses grupos varia de acordo com a raça por tratar-se de fator hereditário. No caso de transfusão, o ideal é o paciente receber sangue do mesmo tipo que o seu. A assistente social convoca antigos e novos doadores de sangue do tipo raro para evitar priorização de atendimento de urgência e emergência.

Quem pode doar sangue: Qualquer pessoa saudável, com idade entre 18 e 65 anos e peso acima de 50 quilos é um doador em potencial. O candidato deve estar bem alimentado. É necessário apresentar documento oficial original e com foto. Com a doação são realizados exames para diversas doenças, entre elas: Aids, Sífilis, Doença de Chagas, Hepatites, HTLV I e II, além de tipagem sangüínea. O homem pode doar a cada dois meses e a mulher a cada três meses. Para doar sangue não é preciso estar em jejum. O doador deve estar bem alimentado.

Números da solidariedade: A prevalência dos tipos de sangue na população do estado: O Positivo: 55%. O Negativo: 4%. A Positivo: 27%. A Negativo: 2,5%. B Positivo: 8%. AB Negativo 1%.

Serviço:O Hemopa funciona na Tv. Pe. Eutíquio, 2109. Funcionamento para coleta: de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 18h, e aos sábados de 7h30 às 12h30. Maiores informações pelo fone: 08002808118.

Fonte: Vera Rojas – Ascom Hemopa