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19/11/2012Fenafisco avalia participação política estadual e receita métodos e metas para novos avanços
Perante representantes de 14 dos 27 Estados, o diretor para Assuntos Parlamentares da Federação Nacional do Fisco (Fenafisco), Rogério Macanhão, proferiu uma explanação sobre a participação política do Fisco Estadual e Distrital.
Macanhão iniciou afirmando a necessidade premente de se fazer um planejamento das ações para implantação uniforme nos Estados, como modo de se conseguir maior eficácia e efetividade. Para ele, se não houver a detecção dos perfis próprios, nas UF’s, dificilmente haverá avanços, harmônicos, para atingirmos o objetivo maior do projeto de participação política.
Faz-se necessário também aliar ao planejamento das metas e ações, a formação de um fundo próprio que dê sustentação às necessidades materiais que, fatalmente surgirão, a saber: deslocamentos, material de divulgação e disseminação, aferições dos procedimentos e, consultorias, dentre outros.
A estratégia utilizada, hoje, junto aos parlamentares, embora ajude nos ajustes pontuais, por si só, não atende de modo pleno, ao objetivo principal. Necessitamos de uma organização metódica, em todos os estados e não apenas em Brasília. Os sindicatos filiados precisam entender a importância do trabalho concentrado nas bases parlamentares e junto à sociedade.
Lembrou que foi o que ocorreu com o Ministério Público que soube se organizar, em bases permanentes e altamente técnicas, quando dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte. Uma estratégia que rendeu aos procuradores a sua legislação orgânica.
Ao contrário do que pensam alguns, o projeto de participação política não visa, primordialmente, a eleição de fiscais. Tal ocorrência é um dos meios utilizados, visando o fim maior que é a valorização da carreira “Fisco” e o seu reconhecimento perante a sociedade. Atuação político partidária é um importante componente, mas, nem de longe, o principal objetivo.
O projeto no rumo da participação política passa pelo fortalecimento político, pela afirmação dos laços com a sociedade e pelo nivelamento do conhecimento entre lideranças sindicais e a base trazendo, com isso, a coesão interna, fundamental para a conscientização política da categoria.
Para isso, um plano de ação se faz importante abrangendo a categoria, a sociedade e as instituições políticas.
Em relação à categoria, a ideia é ampliar o nível de participação e coesão. Uma conscientização que a leve a caminhar, com determinação. Para isso, os sindicatos tem que ir à base levando informação atual e real e conhece-la, mapeando os seus âmbitos de atuação outros, seja na política, seja nas organizações civis, clubes de serviços, comunidades, escolas, etc…
Uma das maneiras de ampliação desse contato são os eventos versando sobre os temas que defendemos como LOAT, Reforma Tributária, Participação Política, e técnicos com e-commerce, SPED, dentre outros. Validos, também, os concursos de monografias e contos, os prêmios como o Premio Gestor gaúcho e as publicações de integrantes da categoria em mídia externa. Atividades que têm grande alcance e impacto.
O projeto prevê, ainda, o fortalecimento dos laços com a sociedade, a ampliação das áreas de atuação sindical e a melhoria da divulgação das bandeiras, por nós, defendidas.
Vemos, também, a validade da realização de pesquisas de opinião pública, como modo de compreender a visão que a sociedade tem da categoria, as necessidades da sociedade e a avaliação que ela faz das Instituições.
Posicionamento em temas de interesse público e, por meio de fundações ou instituições similares do Fisco oferecer cursos para executivos e parlamentares, nos assuntos como Orçamento, Lei de Responsabilidade Fiscal, Legislação tributária e Eleitoral, Formação Política, Estudos da pobreza, dentre inúmeros outros.
Aproximar-se de escolas e universidades, dos projetos sociais, assim como , estreitar relações com a mídia, são também iniciativas de suma importância.
A inserção política não tem como acontecer sem relacionamento dos sindicatos com os poderes e com os partidos políticos. Essa integração, respeitadas a índole classista e as peculiaridades regionais, tem o condão de promover o rápido fortalecimento político, visto as possibilidades que tem de facilitar a formalização de processos para projetos de interesse social e dos estados e ampliam a oportunidade de divulgação das bandeiras defendidas.
Esse contato, aberto e permanente com os poderes e órgãos, possibilitaram o despertar de interesse no estudo dos projetos legislativos e a participação da categoria, inclusive, como subsidiadora de gestores e parlamentares, nos assuntos que nos são afetos.
Não temos como esquecer aqueles que nos tem dado suporte, por todo o país. E preciso garantir o subsídio das candidaturas aliadas. A ideia é ampliar representatividade sem perder aliados. Para tanto, temos que identificar parceiros com capacidade de agregar politicamente. Outro caminho é fomentar as filiações partidárias. Dessa convivência, virá a percepção dos temas sociais. Além disso, a militância favorecerá o estreitamento com as diversas esferas políticas.
O projeto deve utilizar a mídia social – formação e organização de redes recorrendo, se necessário aos profissionais de marketing e manter uma permanente aferição dos resultados em eleições como, também, para os candidatos acolhidos pela categoria, disponibilizar cursos sobre legislação eleitoral, captação de recursos e prestação de contas de campanha, aprimoramento de marketing pessoal e recursos de mídia training.
Organização e método
O sucesso de qualquer planejamento depende de metodologia e organização. Somos da opinião que devem ser formados grupos regionais, nos estados, com um comando central, estadual e nacional.
Esta estrutura se faz necessária, inclusive para organizar e viabilizar a captação de recursos e a sua aplicação. Por conta das vedações á estrutura sindical, a alternativa é a contribuição individual (tradicional) ou em pequenos grupos, pela via da poupança e da distribuição dos recursos aos candidatos eleitos pela categoria, direta e legalmente.
Tudo sob a coordenação do comando central.
Fonte: Ascom/Fenafisco