Morte de servidor da Sefa em Castanhal desencadeia onda de indignação. O assassinato do motorista José Maria Cavalcante Oliveira, da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) durante assalto na madrugada desta quinta-feira, 10, no posto fiscal do chamado Km 21 da BR-316, próximo à cidade de Castanhal, no nordeste paraense, foi o estopim de mais um dia de revolta dos servidores fazendários contra a falta de segurança nas unidades fazendárias montadas no interior do Estado. O Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará (Sindifisco-PA) e a Associação dos Servidores do Fisco Estadual do Pará (Asfepa) assinaram nota oficial nos jornais “Diário do Pará” e “O Liberal” desta sexta-feira, 11, para lamentar a perda do servidor e anunciar que exigirão das autoridades a segurança prevista em lei para as atividades do Fisco nas estradas federais e estaduais.
Sob o comando do presidente Antônio Catete, que agendou reuniões com as autoridades do Estado para discutir a falta de segurança nos postos fazendários e também denunciou o problema em entrevista ao vivo nos estúdios do programa “Brasil Urgente”, da RBATV. “Nossa Lei Orgânica, de 2011, já faz previsão de um fundo para reaparelhar a Secretaria da Fazenda. E infelizmente o fundo não tem conseguido fazer com que a Sefa funcione de forma eficiente. O governo não disponibiliza os recursos”, declarou Catete em outra entrevista, desta vez ao “Diário do Pará”.
Na quinta-feira conturbada pela morte do servidor – que deixou mulher e quatro filhos e tornou-se a vítima fatal do segundo assalto ao posto fiscal do Km 21 em menos de 60 dias, elevando para cinco os assaltos contra unidades da Sefa no interior nesse período -, o sindicato escalou três diretores – Márcia Couto, Raimundo Pegado e Reinaldo Martins – para acompanhar em Castanhal as investigações policiais e levantar com imagens a precariedade do local do trabalho do Fisco.
Ex-presidente do Sindifisco e diretor de Comunicação da Federação Nacional do Fisco (Fenafisco), Charles Alcantara acompanhou a comitiva do sindicato e registrou com indignação a falta de segurança aos servidores. “O assassinado de um servidor em pleno local de trabalho, numa unidade que jamais poderia ficar desguarnecida de policiamento, é injustificável e inaceitável”, declarou indignado num comunicado eletrônico dirigido aos auditores e fiscais de receitas do Estado.
Leia a íntegra da nota publicada por Sindifisco e Asfepa no “Diário” e “Liberal” desta sexta-feira: