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12/08/2014

Fisco paraense ganha olhares do Brasil

De outros Estados, servidores trazem pluralidade e vontade de vencer  Plurais, de várias regiões do país. Esta é a nova realidade do Fisco paraense após a inclusão de 138 novos servidores, em julho deste ano. Com idade entre 25 e 45 anos, oriundos de 22 Estados brasileiros e formados em áreas incomuns ao campo do Fisco, como zootecnia e engenharia de alimentos, os novos auditores e fiscais da Secretaria da Fazenda prenunciam que a carreira da administração tributária no Pará pode passar por mudanças significativas, em direção ao ideário de um Fisco de Estado, ético e cidadão, como advoga o Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará (Sindifisco-PA).

montagem-2“Eu queria um lugar que valorizasse o servidor e é uma carreira que já buscava há dois anos. Eu adorei a cidade de Belém, tem um povo muito receptivo, um povo carinhoso, hospitaleiro. Minha intenção é permanecer na cidade e construir minha vida por aqui. Eu acho que em cada lugar do Brasil a gente aprende uma cultura diferente. Cada povo tem um jeito, a sua cultura, as suas convicções e viemos aqui aprender com o povo do norte. Estou feliz por estar nessa região”, declara o curitibano Carlos Alberto, fiscal de receitas e novo morador do Pará.

Para a psicóloga que liderou as dinâmicas de integração na primeira semana do curso de formação dos novos servidores das Carreiras da Administração Tributária(CAT), Nanci Salim, a integração de culturas promove troca de vivências e conhecimentos.  “Eu até me surpreendi pela própria aceitação dessas diferenças. Nas vivências, nos trabalhos em grupo você vê a interação deles. Em nenhum um momento cheguei a observar que havia diferenciações e sim somente soma. Ao meu ver, a intenção deles era a integração: saber de onde veio, história, peculiaridades. Já existia uma socialização,  eles já se conectavam pelas redes, já se “conheciam”, observou Nanci.

Vocação

Natural de Santa Maria (RS), Fabiana Alegrine Jacó é um desses exemplos. “Onde abria um concurso para o Fisco eu fazia, porque já havia escolhido fazer concurso para a área. Acho muito boa a pluralidade de realidades porque são pessoas de lugares diferentes, de culturas diferentes. Acho que a gente pode contribuir com o Pará, acrescentando olhares diferentes”, acredita.

Frederico Inácio é mineiro e formou-se em engenharia de alimentos. Em julho de 2014 foi empossado como auditor de receitas. Aos 28 anos, demonstra que sempre se pode mudar e perseguir sonhos, melhorando a vida. “Depois de ingressar na iniciativa privada como engenheiro percebi que meu perfil seria melhor aproveitado como gestor público. A descoberta da carreira fazendária veio por acaso. Conviver com auditores da Receita Federal gerou em mim interesse por gestão tributária. Acredito nas mudanças. Creio que sem ousadia a vida se torna demasiadamente desinteressante”, analisa Inácio.

Teatro

Na tarde do dia 8, fechou a primeira semana do curso de formação dos novos servidores com uma dinâmica teatral direcionada para debater aspectos referentes à Corregedoria da Sefa. Ética e conduta do servidor sob a ótica da Lei Orgânica do Fisco (Loat), foram o fio condutor da intervenção. O Sindifisco-PA esteve presente, desta vez não por meio de discursos ou ações políticas, mas em cena. Karla Trindade, diretora de Comunicação e Relações Intersindicais do sindicato, apresentou-se no palco ao lado de outros colegas de trabalho à plateia formada pelos 138 novos servidores.

Breve, a intervenção teatral movimentou um grupo composto pelo auditor Adimilson Elleres; o servidor do grupo de apoio Rivail Figueiredo e sua esposa, Izaltina; e Karla.

O grupo apresentou cenas do cotidiano do servidor público do CAT, incluindo condutas reprováveis segundo preceitos da Loat. “É uma forma dinâmica de levar a mensagem. Sair do textual, dos moldes formais de apresentação e fazer uma vivência, porque a arte proporciona isso. Quando vê uma peça ou assiste a um filme, você se detém para compreender, apreender. Além disso, é gratificante. Eu gosto de aprender novas formas de ensinar e nós aprendemos mais que a plateia, pois conseguimos observar a forma dos outros, a reação do público. Esses detalhes não conseguimos perceber no dia a dia do nosso trabalho. Já na arte nós conseguimos apontar”, contou Karla.