Segunda greve em 18 anos de história do sindicato, a paralisação geral que se estendeu de 28 de agosto a 2 de setembro de 2009 foi, esgotadas todas as tentativas de diálogo, a principal arma usada pelos auditores e fiscais de receita para fazer o governo estadual negociar o projeto de lei que começou, no final do ano, a reestruturação da carreira no Fisco. A greve também abriu caminho para a elaboração, em 2010, da Lei Orgânica do Fisco.

Forte, com apoio da categoria, a greve foi combatida com violência pelo governo, que, além de ingressar na Justiça para pichá-la como abusiva, ordenou o uso da força pela Polícia Militar para desmobilizar o movimento na barreira fiscal de Itinga, a maior do Estado. Lá, a truculência foi grande para intimidar diretores e filiados do Sindifisco-PA. A PM disparou bomba de efeito moral e usou spray de pimenta contra os grevistas. Na foto, noturna, feita por celular há exato um ano, flagrante do ataque na barreira da Sefa.