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17/06/2011

INSS e Previdência estudam aumentar segurança de idoso em transações bancárias

Para aumentar a segurança dos idosos durante transações bancárias feitas em agências, o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e o ministério da Previdência Social estudam alternativas para evitar golpes envolvendo empréstimos consignados.

Em audiência realizada na terça-feira (14), na Câmara dos Deputados, o presidente do INSS, Mauro Luciano Hauschild, afirmou que a segurança nesse tipo de transação tem melhorado. Segundo ele, a corregedoria do instituto recebeu, em 2008, 21 mil queixas de fraudes, sendo 3.700 procedentes, por meio do 135. No ano passado, foram 12 mil, sendo 2.700 procedentes.

De acordo com o diretor de benefícios do INSS, Benedito Brunca, quando recebe as denúncias, a ouvidoria apura as queixas. Se comprovadas, elas são encaminhadas para correção pelos bancos e o beneficiário é ressarcido. As instituições financeiras, segundo a Previdência Social, devem efetuar o ressarcimento sob pena de não poderem mais realizar operações consignadas.

O representante da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) na audiência, Frederico Guilherme Fernandes de Queiroz, disse que a federação vem aprimorando as regras de segurança e qualificação dos correspondentes bancários para evitar fraudes.

Campanha nacional
Para combater as fraudes, os deputados da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado propuseram uma ampla campanha para alertar os aposentados sobre o risco do empréstimo consignado na vida financeira.

De acordo com a agência, desde 2004, quando passou a ser autorizado, essa modalidade de crédito movimentou R$ 98 bilhões, sendo R$ 47 bilhões em empréstimos ativos. E mais da metade dos empréstimos são feitos por pessoas que recebem um salário mínimo. O pagamento não pode ser superior a 30% do benefício.

Esse limite, na avaliação da presidente do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, Karla Cristina Giocomin, coloca em risco a sobrevivência do idoso. Segundo ela, 80% da renda desse segmento da população vai para a sobrevivência e que o limite de 30% é uma ameaça.

Para ela, as instituições financeiras se aproveitam da vulnerabilidade de muitos idosos. “Embora seja, em tese, um benefício, está sendo mal utilizado, deixando o idoso aina mais vulnerável ao endividamento e a pessoas de má-fé”, disse, de acordo com a Agência Câmara.

 

 

Fonte: UOL Notícias/Economia