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26/02/2015

PF realiza fiscalização em parceria com SEFA e MPF

A Receita Federal investiga um esquema fraudulento de venda de carros em Belém. A Operação “Frota Virtual”, realizada em parceria com o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Secretaria de Fazenda do Estado do Pará (Sefa), foi deflagrada nesta terça-feira (24) e desarticulou o esquema que pode ter trazido prejuízos aos cofres públicos de cerca de R$ 20 milhões em tributos federais sonegados.

Segundo a PF, os veículos trazidos por locadoras eram adquiridos por preços mais baratos na zona franca de Manaus e na área de livre comércio de Macapá e seguiam para serem comercializados normalmente em Belém, sem o pagamento dos tributos federais e estaduais. Treze empresas estão sendo investigadas, sendo oito delas com sedes em Belém e Ananindeua.

De acordo com informações do delegado da Polícia Federal, Jorge Eduardo, a Secretaria da Fazenda percebeu uma rotação maior de veículos com placas do comércio e zona franca de Manaus e decidiu fazer averiguação dos impostos desses carros, descobrindo um grande número de irregularidades.

“As investigações já duram cerca de seis meses, mas sabemos que a quadrilha age há muito mais tempo. Estamos enxergando uma parte, é possível e muito provável que nós estejamos diante de algo muito maior e o trabalho vai ser intenso nesse sentido para que ninguém fique de fora”, detalhou o delegado.

Doze mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Belém (PA), Manaus (AM), Macapá (AP) e São Paulo (SP) em endereços comerciais e um em endereço residencial, além de 11 mandados de condução coercitiva.

Ainda segundo o delegado da Polícia Federal, os envolvidos estariam conseguindo comercializar os automóveis a preços inferiores aos do mercado local. Há indícios da prática de crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica, interposição fraudulenta na constituição de empresas e uso de documentos falsos. “Após deflagração do material, o próximo passo será a análise dos documentos apreendidos para a averiguação da extensão da fraude e quais os tipos penais serão enquadrados”, afirmou.

FONTE: G1