Os negros são a maioria dos brasileiros. E também os mais pobres, segundo o IBGE.
O Dia da Consciência Negra é comemorado em todo o país desde 2011. A data lembra o dia da morte de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes negros do Brasil, que lutou contra a escravidão e pela libertação do seu povo. O ano de 2018 marca também os 130 anos da proclamação da Lei Áurea. Porém, após todos esses anos da abolição da escravatura, os negros continuam, majoritariamente, na base da pirâmide social, representando 76% dos mais pobres, segundo o IBGE. O que significa que a escravidão formal acabou, mas a política de transferência de renda para os mais ricos se acentuou, aumentando a desigualdade. Isso é fácil de perceber quando falamos sobre a cobrança de impostos. Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os que ganham até dois salários mínimos mensais pagam 53,9% deste valor em impostos, enquanto quem ganha acima de 30 salários mínimos paga até 29%. A Oxfam Brasil, que faz parte de uma confederação global de combate a pobreza, elege a reforma tributária como uma das dez ações urgentes para combater a desigualdade no país. O principal problema do sistema tributário atual é que ele cobra mais de quem tem menos e menos de quem tem mais. Isso onera a nossa classe média e a população de baixa renda com impostos. Para tentar mudar essa realidade, o Sindifisco Pará apoia a proposta da Fenafisco de uma Reforma Tributária Solidária, que tem uma série de sugestões que podem reduzir essa desigualdade.
Saiba mais sobre a Reforma Tributária Solidária, acessando https://goo.gl/gwKmNT