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18/01/2016

SE: Governo faz ataque desleal aos auditores

O Sindifisco de Sergipe (SINDIFISCO) vem mais uma vez esclarecer bem como combater a campanha difamatória do governo estadual contra a categoria dos Auditores. Acusa-nos de ser uma categoria que sabota a arrecadação e as pretensões dos demais servidores, para jogar a opinião pública e os demais servidores públicos contra o Fisco.

Inicialmente devemos esclarecer que os nossos salários nem de longe são os mais altos, dentre os Fiscos do Brasil. Ao contrário, figuram entre os mais baixos. Com a realização do último concurso realizado em 1989, há 26 anos, todos os Auditores ativos incorporaram Gratificações por Tempo de Serviço. Um direito assegurado a todos os servidores públicos do Estado.

Hoje, 95% da categoria têm mais de 26 anos no exercício da função, o que nos coloca no topo da carreira e sem possibilidade de progressão. No Fisco, o salário do início da carreira corresponde a R$ 9 mil reais.

Os Auditores, como todos os demais servidores do Estado, pleiteiam a reposição inflacionária. Um direito assegurado a todos os trabalhadores.  Mas, a administração estadual está há três anos sem recompor as perdas inflacionárias. E diga-se que Sergipe é o único Estado do Nordeste que deixou de dar essa reposição a seus funcionários. Apesar disso, não é esse o principal motivo de nosso movimento reivindicatório. Pleiteamos uma alteração em nossa Carreira, que não terá nenhum impacto na folha.

Quanto ao “privilégio” de trabalharmos um dia e folgarmos cinco, esclarecemos que menos de 20% dos auditores trabalham nesse regime. A jornada de um por cinco são para aqueles trabalham em regime de plantão de 24 horas em Postos Fiscais. Todos os demais trabalham 30 horas semanais, jornada estabelecida por lei a todos os servidores do Estado. Mesmo assim, aqueles que trabalham nos Postos, computando-se a média anual, acabam trabalhando mais de 30 horas semanais. Sem considerar o desgaste físico e psicológico que esse regime de trabalho importa, já comprovado cientificamente.

Hoje, a categoria dos auditores está indignada com a falta de gestão e a intransigência da administração da SEFAZ. Os auditores de Sergipe figuram entre os melhores do Brasil, com comprovada dedicação em prol da arrecadação tributária. Mas hoje estão desprestigiados e desrespeitados.

A insatisfação na Sefaz é tamanha que colegas que têm conhecimento acumulado e dominam o funcionamento da Administração Tributária se desligaram de cargos de chefia e outros não têm disposição para ocupá-los.

O governo até agora sequer apresentou contrapropostas concretas para questões de grande relevância tanto para o Fisco quanto para a própria Sefaz, proposituras essas que não oneram a folha de pessoal.

Reafirmamos que não temos interesse em continuar esse confronto com a administração estadual. Queremos e temos propostas para melhorar a arrecadação. Desde o início, a nossa mobilização é justamente para estabelecer um diálogo franco e produtivo com soluções objetivas às nossas reivindicações.

À Diretoria do Sindifisco

Aracaju, 15.01.2016

 

Fonte: Fenafisco/Sindifisco-SE