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09/11/2015

SE: Insatisfação generalizada do Fisco deixa Sefaz sem comando

Vinte e quatro horas antes da deflagração de greve, os auditores e auditoras de tributos realizaram novo protesto na sede da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), na manhã desta sexta-feira, dia 6. No ato, a diretoria do Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco) protocolou pedido de desligamentos de 100% dos cargos de chefia no órgão (gerentes, coordenadores supervisores), ocupados por auditores Técnicos de Tributos I (ATTI). Ao todo foram entregues 79 cargos, o que representa mais de 95% das chefias na estrutura da Sefaz.

A anunciada greve geral por tempo indeterminado começa neste sábado, nos postos fiscais e a partir desta segunda-feira, 9, nas demais unidades de atendimento da Sefaz (sede e nos Centros de Atendimentos ao Contribuintes-CEACs).

Fazenda sem comando

A decisão por greve e a entrega de cargos na Sefaz têm o objetivo de garantir aprovação do novo Plano de Carreira para o Fisco, com reposição salarial. “Com desligamentos dos detentores de cargos de chefia, a administração das finanças públicas de Sergipe fica acéfala. Essa adesão é o resultado da insatisfação generalizada na Sefaz e a ausência de uma mesa objetiva de negociação com o governo estadual, que garanta um novo plano para o Fisco, ainda que as reposições salariais sejam aplicadas após a saída do limite prudencial,”, afirma o presidente do Sindifisco, Paulo Pedroza.

“Não restou alternativa para a categoria. A adesão à greve e a entrega de cargos representam a determinação do Fisco de afirmar que não temos como suportar o adiamento no atendimento dos nossos pleitos. Já estamos com mais de 20% de perdas salarias acumuladas nos últimos anos”, diz o sindicalista.

Lei de greve

O diretor administrativo do Sindifisco, Abílio Castanheira informa que a greve segue os ritos e prazos da legislação de greve. O movimento paredista foi aprovado em assembleia geral do último dia 3. “Divulgamos e encaminhamos ao governo, dentro do prazo, a decisão da categoria pela deflagração da greve. Aguardamos contatos para estabelecermos o efetivo mínimo de 30% que deverá ser mantido”, conta Castanheira.

Fonte: Fenafisco/Sindifisco Sergipe