Fenafisco responde ao ministro Paulo Guedes. Leia a nota aqui.
O ministro Paulo Guedes voltou a atacar o serviço público nesta sexta-feira (15), durante coletiva no Palácio do Planalto, ao discursar, em tom desrespeitoso, e comparar os servidores a bandidos. “Por favor, não assaltem o Brasil, quando o gigante está de joelhos”, apelou, como se a categoria roubasse os cofres do Estado.
O ministro tem uma imagem dos servidores públicos que nada diz sobres estes, mas diz tudo sobre si próprio, que fez fortuna sem produzir um prego, sem atender a uma pessoa na fila de um posto de saúde ou sem lavrar um auto de infração contra um fora-da-lei. Guedes sente desprezo por quem trabalha mas, ao mesmo tempo, demonstra empatia profunda pelos parasitas do mercado financeiro, com os quais bebe, almoça e janta, em tempos normais; e conversa em webinars, em tempos de pandemia.
Na régua de Guedes, parasitas, achacadores e assaltantes são a medida de todas as coisas. Nem mesmo uma grave pandemia, que daqui a alguns dias terá superado a trágica marca de 20 mil vítimas fatais, torna um pouco mais humano o ministro da Economia de Bolsonaro. Ao invés de adotar medidas para proteger e apoiar os milhões que estão perdendo o emprego diariamente com a crise, Guedes prefere desrespeitar os servidores públicos que vêm atuando incansavelmente frente à maior crise humanitária de que se tem notícia.
Não somos nós quem roubamos o Brasil, ministro. É a sua soberba que prejudica todo o país.
Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco)
Fonte: Blog do Jamildo