Conectados à realidade virtual, eles cuidam dos netos, viajam, prosseguem em outras carreiras, fazem graduação, pós-graduação, mestrado, arriscam novos casamentos, com autoestima elevada e repletos de vontade de viver. É o novo status de quem passou dos 60 anos e revoluciona o figurino conformista e contemplativo das velhas gerações. Atento à mudança e surgimento dessa geração da melhor idade, o Sindicato do Fisco Estadual do Pará (Sindifisco-PA) realiza nesta sexta-feira, 20, no Crowne Plaza, o V Encontro de Aposentados e Pensionistas, com o tema “Aposentadoria? Só do trabalho, não da vida”.

Para discutir os temas de interesse da militância sindical e voltados para a Previdência Social no país, o diretor de Aposentados e Pensionistas da Federação Nacional do Fisco (Fenafisco), Celso Malhani, é o convidado do sindicato paraense. Ele debaterá, às 10h, a importância da mobilização dos aposentados e pensionistas em defesa da Previdência Pública.

O amor e sexo na terceira idade também serão abordados no encontro. A psicóloga Mônica Santos vai debater o tema, ainda considerado um tabu. Dinâmica teatral e apresentação musical também estão entre as atrações propostas pelo sindicato.

O encontro deverá rememorar também as conquistas do Fisco com participação política dos aposentados e pensionistas. Em 2009, na segunda greve deflagrada pelo Grupo de Carreiras Tributárias, os aposentados lutaram por seus direitos. Em 2011, a vitória do grupo CAT com a aprovação da Lei Orgânica do Fisco (Loat) contou, na construção de todo o processo, com a participação efetiva dos trabalhadores aposentados.

Nas reuniões, eventos e debates do sindicato não é raro o grupo de aposentados ser a maioria esmagadora. Para os aposentados e pensionistas, o adjetivo inativo não cabe. Os trabalhadores do Fisco são apenas aposentados da função na Secretaria da Fazenda, mas não da militância, de outras atividades e, principalmente, da vida política e social esses homens e mulheres estão bem distantes de parar.

“Saber viver bem, estar por dentro de seus direitos e deveres, se engajar politicamente são coisas que devem ser atemporais. Por isso, o sindicato nunca cessará este debate”, sinaliza a diretora de Aposentados e Pensionistas do Sindifisco, Mariza Mendes.