Performance artística ocupará a frente do Teatro da Paz neste domingo (31), a partir das 9 horas, para chamar a atenção para a importância do serviço público.
Sabe o camburão e as lixeiras utilizadas para acondicionar o lixo recolhido pelos garis? A maca usada nos hospitais para transportar pacientes? A lousa e o apagador usados pelos professores em sala de aula? Todos esses objetos vão se transformar em instrumentos de percussão alternativos em um Flash Mob a ser gravado em frente do Teatro da Paz, no dia 31/07, às 10h. A iniciativa é do Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual (Sindifisco) como parte da campanha de valorização do serviço público.
O Flash Mob é uma apresentação que reúne várias pessoas de forma repentina para uma apresentação rápida. Uma das características desse tipo de performance é a aparição em locais públicos, com grande movimentação. Assim como se juntam de forma que parece ser despretensiosa, os participantes se dispersam no meio do público em poucos minutos.
Para dar vida ao Flash Mob do Sindifisco, serão reunidos vários percussionistas, dançarinos, atores, figurantes e outros instrumentistas, totalizando cerca de 50 “mobers”. Eles cumpriram uma agenda de ensaios individuais e em grupo, envolvendo experimentações cênicas, coreográficas e musicais.
A direção musical, cênica e geral é do regente Vanildo Monteiro. Professor de Percussão da Escola de Música da UFPA, ele também é coordenador dos projetos de pesquisa “A percussão nos Ritmos Paraenses” e de extensão “Grupo de Percussão da EMUFPA”, ambos vinculados à Universidade Federal do Pará.
A composição e arranjo da peça musical são de Thiago D’Albuquerque. Compositor, técnico de áudio e diretor musical, ele realizou composições e arranjos para vários grupos e projetos, ministrou cursos de Bateria, na Fundação Curro Velho, e de Percussão Afro-Brasileira, nas comunidades de Itacoã e Guajará Miri, no município de Acará, pelo projeto de interiorização da referida instituição.
A coreografia e a direção cênica foram conduzidas pela coreógrafa Ana Unger. Bailarina, diretora artística, produtora cultural, arquiteta e professora membro da Royal Academy Of Dance, ela tem mais de trinta anos de experiência à frente de produções artísticas, tendo presidido o Encontro Internacional de Dança do Pará e a Bienal de Dança da Amazônia.
O projeto tem como parceiros o Theatro da Paz, o ICA (Instituto de Ciências da Arte) e a EMUFPA (Escola de Música da Universidade Federal do Pará).
Servir é uma arte – O flash mob do Sindifisco faz um paralelo entre o fazer artístico e o papel do servidor, considerando que ambas as atividades têm como princípio a “arte de servir”. A relação é desenvolvida por meio da música, do teatro e da dança produzidas especialmente para essa programação.
Uma das características do Flash mob é que sua repercussão não se encerra com a apresentação ao vivo. A tendência é que ele ganhe o mundo via rede mundial de computadores. A intenção do sindicato é promover o flash mob pela internet, uma estratégia para ampliar a divulgação da campanha “Serviço Público. Todo mundo precisa” que foi lançada no início deste ano. O objetivo é tornar mais evidente a importância do serviço público para toda a população.
“Os servidores públicos são assim chamados porque servem à população indistintamente, mas servem de maneira especial às pessoas que mais precisam”, destaca o presidente do Sindifisco, Charles Alcantara. Ele observa que da prestação de serviços simples, como emissão de documentos, até a administração tributária, passando pela saúde e segurança, eles são sujeitos fundamentais para a garantia de direitos.
Sonegação – Na área do fisco, por exemplo, parte do trabalho do servidor é impedir a sonegação de impostos, uma das formas de corrupção mais comuns, mas e quase sempre, invisível. Ao identificar esse tipo de crime, os auditores e fiscais da Fazenda conseguem fazer com que o dinheiro que seria subtraído volte aos cofres públicos.
O presidente do Sindifisco lembra que os recursos da arrecadação tributária fazem parte da receita que custeia os serviços públicos. É com ele que o Estado mantém a saúde, a educação, as estradas, a segurança, as praças e os espaços culturais. “Valorizar o servidor público é valorizar serviços essenciais para todos nós”, reforça.