\tO presidente do Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Par\u00e1 (Sindifisco-PA), Charles Alcantara, lan\u00e7ou pelo Facebook o Movimento “Par\u00e1 vale mais”, contr\u00e1rio aos privil\u00e9gios<\/span> \t \t
\tgovernamentais concedidos \u00e0 Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, l\u00edder na produ\u00e7\u00e3o de min\u00e9rio de ferro, presente em 37 pa\u00edses e maior empresa privada do Brasil. Segundo o manifesto do movimento, ao qual o sindicalista almeja conquistar apoio em massa da sociedade paraense, a mineradora “lucra bilh\u00f5es com as riquezas do Par\u00e1 e paga alguns m\u00edseros tost\u00f5es pela explora\u00e7\u00e3o”.<\/span><\/div>\n

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\tMaior dos privil\u00e9gios graciosamente concedidos pelo governo brasileiro a uma empresa privada, desestatizada em 1997, a desonera\u00e7\u00e3o do ICMS para a exporta\u00e7\u00e3o dos min\u00e9rios prevista na famigerada Lei Kandir \u00e9 contempor\u00e2nea da privatiza\u00e7\u00e3o. A lei, de autoria do ent\u00e3o deputado federal Ant\u00f4nio Kandir (PSDB-SP), entrou em vigor em 1996 e, desde ent\u00e3o, tem sido mortal ao Par\u00e1. Nesses 17 anos, a serem completados no pr\u00f3ximo dia 13 de setembro, “mais de R$ 20 bilh\u00f5es deixaram de ser arrecadados pelo Par\u00e1 em ICMS”, calcula o Movimento “Par\u00e1 vale mais”.<\/span><\/div>\n

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\tA privatiza\u00e7\u00e3o da mineradora, em valores questionados pela oposi\u00e7\u00e3o pol\u00edtica brasileira como lesa-p\u00e1tria, por seu pre\u00e7o assustadoramente inferior ao do mercado mineral, foi comandada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e, no Par\u00e1, teve o apoio do ent\u00e3o governador Almir Gabriel, ambos do PSDB. O governo tucano n\u00e3o s\u00f3 endossou a desestatiza\u00e7\u00e3o da mais forte empresa p\u00fablica nacional como n\u00e3o se arrependeu da opera\u00e7\u00e3o casada, lutando para derrubar a Lei Kandir que subjulga o Estado \u00e0 ren\u00fancia fiscal. <\/span><\/div>\n

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\t“Esta p\u00e1gina surge como um espa\u00e7o de reflex\u00e3o, den\u00fancia e articula\u00e7\u00e3o popular para acabar de vez com os privil\u00e9gios odiosos concedidos \u00e0 Vale”, explica o manifesto.<\/span><\/div>\n

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\tDe acordo com o rec\u00e9m-criado movimento, a Compensa\u00e7\u00e3o Financeira pela Explora\u00e7\u00e3o Mineral (CFEM), que em pa\u00edses como Austr\u00e1lia e \u00cdndia \u00e9 respectivamente de 7,5% e 10% do faturamento bruto das mineradoras, fica entre 0,2% a 3% do faturamento l\u00edquido no Brasil.<\/span><\/div>\n

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\tSome-se a isso o fato de que a \u00e1gua – um bem p\u00fablico – utilizada no processo industrial do min\u00e9rio tamb\u00e9m n\u00e3o custa nada \u00e0 Vale, dispensada de quaisquer cobran\u00e7as por parte do Estado do Par\u00e1, o que poderia render aos cofres p\u00fablicos, se a mineradora estivesse sendo obrigada a pagar, cerca de R$ 5 bilh\u00f5es por ano.<\/span><\/div>\n

\t“Adivinhem quem foi – e est\u00e1 sendo – a maior beneficiada com a Lei Kandir, a m\u00edsera CFEM e a n\u00e3o cobran\u00e7a do uso da \u00e1gua?”, provoca o manifesto do Movimento “Par\u00e1 vale mais”. De acordo com a p\u00e1gina na internet, diante de tantas e t\u00e3o graves urg\u00eancias que est\u00e3o levando multid\u00f5es \u00e0s ruas de todo o Brasil e do Par\u00e1, os privil\u00e9gios \u00e0 Vale s\u00e3o verdadeiros crimes de lesa-Estado.<\/span><\/div>\n

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\tO movimento mobiliza os paraenses com duas perguntas simples: “Afinal, quem vale mais: a Vale ou o Par\u00e1?” e “Ent\u00e3o, vale ou n\u00e3o vale ir \u00e0s ruas lutar contra os privil\u00e9gios da Vale?”. O endere\u00e7o da p\u00e1gina \u00e9:
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