\tSignat\u00e1rio do Comit\u00ea Nacional em Defesa dos Territ\u00f3rios Frente \u00e0 Minera\u00e7\u00e3o, que re\u00fane quase 150\u00a0entidades brasileiras, o Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Par\u00e1<\/span><\/span> \t \t
\t(Sindifisco-PA) lan\u00e7a na pr\u00f3xima sexta-feira, 8, na pra\u00e7a dos Estivadores, em Bel\u00e9m, um document\u00e1rio assinado pelo Comit\u00ea Nacional para atrair a popula\u00e7\u00e3o paraense \u00e0 rediscuss\u00e3o do projeto de lei do novo marco regulat\u00f3rio da minera\u00e7\u00e3o que tramita na C\u00e2mara Federal. A divulga\u00e7\u00e3o do v\u00eddeo na pra\u00e7a, em frente \u00e0 Esta\u00e7\u00e3o das Docas, ser\u00e1 das 19h \u00e0s 22h, com atra\u00e7\u00e3o musical do Trio Manari, um grupo de percuss\u00e3o muito aplaudido no Par\u00e1.<\/span><\/span><\/div>\n

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\tAl\u00e9m de \u00f3tima op\u00e7\u00e3o cultural para o final de semana com os talentos de Nazaco Gomes, Kleber Benigno e M\u00e1rcio Jardim, o ato ser\u00e1 pol\u00edtico sem ser partid\u00e1rio, embora pol\u00edticos e parlamentares estejam na lista de convidados, que inclui associa\u00e7\u00f5es, sindicatos, entidades de classe e\u00a0Minist\u00e9rio P\u00fablico. N\u00e3o haver\u00e1 discurso de ningu\u00e9m no evento, que ser\u00e1 comandado por uma apresentadora.<\/span><\/span><\/div>\n

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\tA participa\u00e7\u00e3o dos paraenses no debate sobre o novo c\u00f3digo da minera\u00e7\u00e3o brasileira \u00e9 convocada pela pr\u00f3pria condi\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica do Par\u00e1. Dono de uma das maiores jazidas minerais do mundo, que sempre s\u00e3o mostradas \u00e0 popula\u00e7\u00e3o como estrat\u00e9gicas \u00e0 balan\u00e7a comercial do pa\u00eds, o Estado, ref\u00e9m da Lei Kandir que desonerou\u00a0a exporta\u00e7\u00e3o de min\u00e9rios e fere de morte a arrecada\u00e7\u00e3o do ICMS, n\u00e3o \u00e9 possuidor de pol\u00edtica p\u00fablica capaz de pressionar a Uni\u00e3o e as empresas a compensar-lhe pela puni\u00e7\u00e3o que o condena a ser um Estado extrativista.<\/span><\/span><\/div>\n

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\tSegundo o presidente do Sindifisco-PA, Charles Alcantara, paraense com assento\u00a0na comiss\u00e3o executiva do Comit\u00ea Nacional, o novo marco regulat\u00f3rio da minera\u00e7\u00e3o em tramita\u00e7\u00e3o no Congresso Nacional poder\u00e1, se contemplar as propostas da sociedade hoje descartadas pelo texto da nova lei, significar o come\u00e7o da reden\u00e7\u00e3o do Par\u00e1, ente federativo mais conhecido no Brasil como “um Estado rico com povo pobre”. Alcantara prega novos paradigmas minerais para a cria\u00e7\u00e3o de revolucion\u00e1ria ordem socioecon\u00f4mica.<\/span><\/span><\/div>\n

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\tProduzido pelo\u00a0Comit\u00ea Nacional, o document\u00e1rio a ser exibido na pra\u00e7a tem dura\u00e7\u00e3o de 18 minutos e tra\u00e7a um panorama nacional sobre a minera\u00e7\u00e3o descontrolada que ignora as popula\u00e7\u00f5es dos munic\u00edpios mineradores e, al\u00e9m do preju\u00edzo social, deixam um saldo aterrador ao meio ambiente. A minera\u00e7\u00e3o conta com o benepl\u00e1cito dos governos e n\u00e3o paga um centavo pela \u00e1gua\u00a0– bem mineral de suma import\u00e2ncia hoje em todo o planeta – usada nas linhas de produ\u00e7\u00e3o e transporte.<\/span><\/span><\/div>\n

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\tSegundo maior produtor de min\u00e9rio brasileiro, o Par\u00e1 deve superar o l\u00edder Minas Gerais quando a supermina de min\u00e9rio de ferro S11D, em Serra Azul, na regi\u00e3o de Caraj\u00e1s, no sul do Estado, entrar em opera\u00e7\u00e3o. “A descoberta de uma das maiores reservas minerais do mundo no Par\u00e1 na d\u00e9cada de 1960 mais parece um imenso cavalo de troia”, compara Charles Alcantara. “De l\u00e1 para c\u00e1, estatal ou privatizada, a explora\u00e7\u00e3o jogou o Par\u00e1 no buraco”, ironiza.<\/span><\/span><\/div>\n

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\tN\u00e3o \u00e9 mero trocadilho do sindicalista. De acordo com um estudo do Tribunal de Contas do Estado, levando em conta apenas a vig\u00eancia da Lei Kandir, a partir de 1996, o Par\u00e1 deixou de arrecadar R$ 21,5 bilh\u00f5es de ICMS por causa da desonera\u00e7\u00e3o. Nesse per\u00edodo, a Uni\u00e3o ressarciu com R$ 2,1 bilh\u00f5es. Num s\u00f3 ano, 2010, as perdas na arrecada\u00e7\u00e3o do principal imposto estadual bateram na casa dos R$ 2,5 bilh\u00f5es. Se a livre tributa\u00e7\u00e3o do min\u00e9rio tivesse acontecido naquele ano, \u00e0 al\u00edquota de 13%, o Par\u00e1 teria arrecadado R$ 2,7 bi.<\/span><\/span><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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