A inten\u00e7\u00e3o \u00e9 confrontar tais dados com outros j\u00e1 enviados pela Funai e o Incra, que s\u00e3o os principais alvos da CPI na busca de supostas irregularidades na demarca\u00e7\u00e3o de terras ind\u00edgenas e quilombolas.<\/p>\n

O presidente da CPI, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), argumentou que normalmente os donos de terras n\u00e3o recebem nenhuma explica\u00e7\u00e3o de por que raz\u00e3o suas propriedades ser\u00e3o demarcadas. \u201cTodos esses processos, na minha vis\u00e3o, j\u00e1 apresentam erro de origem ao n\u00e3o permitir que a outra parte tenha acesso aos conte\u00fados desde o primeiro momento\u201d, afirmou. \u201cO outro problema \u00e9 que os laudos antropol\u00f3gicos, pelo menos aqueles que j\u00e1 analisamos, s\u00e3o inconsistentes”, completou.Laudos<\/strong>
\nAs primeiras reuni\u00f5es da CPI ouviram os antrop\u00f3logos respons\u00e1veis pelos laudos que levam a Funai ou o Incra a definir se determinada \u00e1rea \u00e9 ou n\u00e3o tradicionalmente ind\u00edgena ou quilombola.<\/p>\n

Os ruralistas, que dominam a comiss\u00e3o, acreditam<\/a> que muitos laudos s\u00e3o fraudulentos, como o usado para demarcar a Terra Ind\u00edgena Guarani de Mato Preto, no Rio Grande do Sul.<\/p>\n

A antrop\u00f3loga respons\u00e1vel por essa demarca\u00e7\u00e3o, Fl\u00e1via de Melo, por\u00e9m, foi ao colegiado e defendeu<\/a> a corre\u00e7\u00e3o t\u00e9cnica e cient\u00edfica de seu estudo. “Minha atua\u00e7\u00e3o profissional est\u00e1 pautado nos mais s\u00f3lidos preceitos \u00e9ticos e t\u00e9cnicos. Os textos de minha autoria aqui citados passaram pela an\u00e1lise de v\u00e1rios profissionais de qualifica\u00e7\u00e3o reconhecida, o que me d\u00e1 a tranquilidade para afirmar que s\u00e3o de qualidade”, declarou Fl\u00e1via.<\/p>\n

Cr\u00edtica \u00e0 comiss\u00e3o<\/strong><\/p>\n

Ao mesmo tempo, a pr\u00f3pria CPI enfrenta cr\u00edticas de v\u00e1rios deputados por suposta falta de den\u00fancias concretas que justifiquem a investiga\u00e7\u00e3o parlamentar.Para Edmilson Rodrigues (Psol-PA), a comiss\u00e3o n\u00e3o passa de instrumento dos ruralistas contra ind\u00edgenas e ambientalistas. “A bancada do agroneg\u00f3cio quer destruir a Funai, o Ibama, o Incra, o Instituto Chico Mendes. Eles s\u00f3 veem o lucro e almejam acabar com tudo que ofere\u00e7a resist\u00eancia institucional \u00e0 pol\u00edtica de devasta\u00e7\u00e3o e dizima\u00e7\u00e3o dos povos ind\u00edgenas”, criticou.<\/p>\n

A CPI da Funai e do Incra<\/a> foi instalada com um prazo de 120 dias, descontado o per\u00edodo do recesso parlamentar, para concluir seus trabalhos.<\/p>\n

Fonte:<\/strong> Ag\u00eancia C\u00e2mara<\/em><\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"