A greve dos professores paraenses continua. Essa foi a decisão tomada pela assembleia geral da categoria do Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará) – reunidos na manhã de ontem, 4, na Escola Estadual (E.E) Cordeiro de Farias, em Belém.
Iniciado há mais de 41 dias, o movimento combate principalmente descontos ilegais promovidos pelo governo de Simão Jatene / Helenilson Pontes e o não pagamento do piso salarial nacional retroativo aos meses de janeiro a abril de 2015, além da implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações – PCCR – unificado.
Com uma extensa pauta de reivindicações, que também inclui a reforma das escolas, jornadas de aulas suplementares, escolas de tempo integral, o movimento dos docentes da educação pública está mobilizado também em outros estados, como o Paraná, onde o governo vem agindo de forma violenta usando força policial. No período que segue desta terça (5) a sexta (8), a agenda de greve prevê mobilização nas escolas e reunião com comunidade, ato público na Assembleia Legislativa do Pará – ALEPA, encerrando com nova assembleia geral na E.E Cordeiro de Farias.
A geógrafa Jânia Miléo, professora lotada no município de Oriximiná, localizado no Baixo Amazonas, reclama do atraso no pagamento do salário referente ao mês de maio. “Já consultei meu contra-cheque na página da Seduc (Secretaria Estadual de Educação) – hoje e até agora não depositaram meu salário”, desabafa a docente. O corte de pontos e a demissão é outra reclamação da categoria. Comunicado do sindicato pede que sejam enviadas cópias dos contracheques para sinteppsecretariageral@gmail.com. Estudantes são prejudicados pela paralisação, principalmente os que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio 2015.
Os alunos e vestibulandos apoiam o movimento grevista, que luta por melhores condições de trabalho e infra-estrutura para os prédios de colégios públicos da capital e interior. A maioria está em péssimo estado de conservação. Para hoje (terça, 5), a agenda de greve prevê mobilização nas escolas e reunião com a comunidade. A redação do Diário On Line – DOL – entrou em contato com o Sintepp, mas a assessora de Imprensa Geise Dias não se encontrava no local. Até o fechamento desta matéria, não obtivemos retorno das ligações.
FONTE: DOL